Nesta cirurgia a córnea do doente (receptor) é substituída pela córnea de um doador, o qual foi ao óbito e a família doou os órgãos, para recuperar a visão do paciente.
As córneas doadas passam por um rigoroso processo de avaliação por meio de testes laboratoriais do sangue do doador e da qualidade da córnea doada em banco de córneas específicos credenciados ao Ministério da Saúde. Nestes locais as córneas são classificadas em aptas ou não para serem utilizadas em transplantes.
Nesta cirurgia a córnea do doente (receptor) é substituída pela córnea de um doador, o qual foi ao óbito e a família doou os órgãos, para recuperar a visão do paciente.
As córneas doadas passam por um rigoroso processo de avaliação por meio de testes laboratoriais do sangue do doador e da qualidade da córnea doada em banco de córneas específicos credenciados ao Ministério da Saúde. Nestes locais as córneas são classificadas em aptas ou não para serem utilizadas em transplantes.
As doenças que mais frequentemente requerem tratamento por transplante de córnea são: Ceratocone ou análogos como a Degeneração Marginal Pelúcida, Ceratopatia Bolhosa (edema de córnea pós cirurgia intra-ocular), Distrofias Estromais (Granular, Lattice, Macular), Distrofia de Fuchs (perda do endotélio corneano), opacidades cicatricias (pós trauma ou infecções), queimadura, rejeição de transplante prévio, etc.
São considerados diagnósticos agravantes para priorização do transplante: córnea perfurada, descementocele (afinamento importante da córnea), úlcera de córnea sem resposta ao tratamento, idade inferior a 7 anos e opacidade corneana bilateral, retransplante após falência primária do enxerto (quando a córnea foi a falência imediatamente após o transplante), tracoma IV.
Caso necessário transplante de córnea, após a avaliação do oftalmologista especialista em córnea, cadastrado no Ministério da Saúde, o paciente ingressa na lista de espera através do preenchimento do formulário padrão o qual é encaminhado para a Central de Transplantes (órgão do Estado que controla a distribuição das córneas doadas no RS).
A lista de espera no RS tem sido de 30 a 60 dias, o mesmo tempo de espera de centros renomados de transplante de córnea como o Banco de Olhos de Sorocaba. Esta lista é única no Estado, independente do método de ingresso (particular, convênio ou SUS). É a Central de Transplantes que determina qual será o próximo em lista beneficiado com a doação.
Após inscrever-se na lista de espera de córnea, o paciente poderá migrar para outro médico ou instituição e, de acordo com as normas legais, para efeito de distribuição de tecido, considera-se a data da inscrição já existente em outro local, sendo assim, o receptor após solicitar sua transferência (por escrito), terá sua posição recalculada na fila de transplante e consequentemente a liberação da córnea. A córnea é uma DOAÇÃO e portanto não existe qualquer custo sobre o tecido.
Ao ser chamado para o transplante, o médico avisará o paciente da oferta de córnea e a data do procedimento será agendada, o qual será realizado provavelmente dentro de 1 a 2 dias. Na avaliação pré operatória, os pacientes que tiverem resultados recentes de exames (até 6 meses), poderão trazê-los, como por exemplo:
- Topografia, Ultrassonografia, Biometria, Paquimetria, Microscopia Especular, PAM entre outros.
Para os pacientes que não tiverem estes exames em mãos, não há problema pois os mesmos serão solicitados e realizados na data da avaliação. Exames laboratoriais “Pré-Operatórios” e liberação clínica do médico assistente para cirurgia oftalmológica com anestesia local e sedação deverá ser providenciado pelo paciente.
Caso a córnea seja liberada para transplante e o paciente por algum motivo não possa fazer a cirurgia naquele momento, esse não perderá posição na lista. Desde que, o receptor não tenha excedido o limite de afastamento de até 30 dias. Se o afastamento do receptor exceder o tempo de 30 dias, o paciente será removido da fila de transplante.
O técnica cirúrgica de eleição varia caso a caso e será determinada pelo oftalmologista. Independente do tipo de transplante, penetrante (de toda espessura da córnea), lamelar anterior (DALK) ou lamelar posterior (DMEK), as córneas doadas passam pelo mesmo processo de seleção e o receptor pelo mesmo pelo mesmo processo de ingresso em lista. Em geral, os transplantes de córnea apresentam alta taxa de sucesso, recuperando a visão e portanto melhorando sobremaneira a qualidade de vida daqueles pacientes com patologias graves de córnea.