A córnea é principal lente do olho humano.
É responsável por realizar a refração da luz que entra no olho, e juntamente com a pupila e o cristalino, focar as imagens vistas ao nível da retina para que sejam compreendidas pelo cérebro.
É uma estrutura transparente, composta basicamente por colágeno e água situada na face polar anterior do globo ocular. Apresenta várias camadas em sua estrutura sendo essas: epitélio, membrana de Bowman, estroma, membrana de Descemet e endotélio.
É uma estrutura não vascularizada, ou seja, que não apresenta vasos sanguíneos, e sua inervação é desprovida de bainha de mielina, o que garante a sua total transparência.
Para que a visão seja perfeita a córnea deve ser transparente e sem alterações em sua curvatura na superfície ocular. Portanto, todas as doenças que provocam opacidade da córnea ou aberrações em sua curvatura causam baixa da acuidade visual. As doenças que afetam a córnea, juntas, representam a segunda maior causa de cegueira adquirida no mundo, atrás apenas da catarata. Astigmatismo, Ceratocone e Leucomas (opacidades) corneanos por herpes são exemplos de patologias relacionadas à córnea.
A maior parte destas alterações podem ser identificadas no exame ocular com a utilização da lâmpada de fenda, um instrumento que permite examinar os olhos em alta resolução. Durante o exame, o oftalmologista aplica colírios com fluoresceína, que consistem em corantes verde-amarelados que pigmentam temporariamente as áreas danificadas da córnea, tornando-as visíveis. Ainda, outros exames podem ser solicitados pelo médico caso haja indícios de patologias que não são reconhecíveis no exame da lâmpada, que são muito variados, cada qual com seus objetivos específicos.
Dentre os possíveis tratamentos para questões da córnea, estes podem variar desde o uso de medicamentos, tratamentos a laser e intervenção cirúrgica. Em casos graves, a condição pode necessitar de transplante de córnea.
Ao redor da córnea temos três tecidos que revestem nosso olho. Mais superficialmente a conjuntiva, a episclera e, mais profundamente, a esclera. Estes tecidos também podem ser acometidos por doenças inflamatórias ou infecciosas. Dentre os destaques das condições que afetam a superfície ocular, destacamos a Síndrome de Olho Seco.
Este é um grupo de diferentes condições que fazem com que os olhos percam umidade e lubrificação. Os sintomas mais comuns são: sensação de areia e/ou corpo estranho, ardor e aspereza ao piscar, sensibilidade à luz e lacrimejamento. A visão também pode ficar embaçada, o que geralmente é breve e geralmente melhora com o piscar. O tratamento dependerá do patógeno e da gravidade. Na maioria das vezes, o dano é reversível.
O tratamento do olho seco consiste na aplicação de luz intensa pulsada policromática em glândulas inativas ou bloqueadas, com o objetivo de repor a secreção lipídica do filme lacrimal e evitar sua evaporação. Cada sessão dura cerca de 5 minutos e é minimamente invasiva e segura para os olhos. É colocado um protetor ocular e aplicado o gel de interface na pálpebra inferior. Em pessoas com tons de pele mais escuros os parâmetros do dispositivo são ajustados. Pessoas com tons de pele mais escuros precisam ajustar os parâmetros do dispositivo. A terapia de luz intensa pulsada para olho seco consiste em 3 sessões – Dia 0, Dia 15 e Dia 45 – mais uma sessão anual de manutenção. Os resultados são imediatos e cumulativos.
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